Aparelho Biologix para Realização do Exame de Polissonografia Tipo 4.
Os distúrbios respiratórios do sono são caracterizados por diferentes graus de diminuição do espaço das vias aéreas superiores durante o sono. Essa diminuição tem como principais queixas a curto prazo o ronco, o cansaço diurno e a sensação de não ter descansado o suficiente mesmo após uma noite inteira de sono.
Em geral, a obesidade e o aumento da circunferência do pescoço são fatores de grande peso na indicação da investigação de distúrbios do sono pois aliados a fatores fisiológicos que ocorrem durante o sono o excesso de peso sobre as vias aéreas superiores causa o ronco e a apneia do sono.
Durante o sono as vias aéreas superiores que são compostas de musculatura lisa (de contração involuntária) sofrem um relaxamento fisiológico resultando em uma leve obstrução da passagem do ar que por sua vez gera turbulência e o ronco. Esse obstrução passa a ter importância clínica quando a passagem de ar é obstruída de forma a diminuir a oferta de oxigênio para os pulmões e subsequentemente para a circulação periférica causando danos sistêmicos a longo prazo.
Na literatura atual, os distúrbios respiratórios do sono como a apneia do sono têm sido correlacionados quando não tratadas a patologias cardíacas. Quando ocorre uma apneia do sono existe para além de uma piora da qualidade do sono uma sobrecarga do sistema cardiovascular causando piora de patologias pré existentes ou aumentando o risco como eventos cardíacos como o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
A correlação é de tamanha importância que a American Heart Association em um de seus últimos guidelines recomenda à cardiologistas que uma avaliação minuciosa do sono seja realizada em pacientes com hipertensão resistente a medicamentos ou pacientes que já sofreram eventos cardíacos.
Existem diversos tipos de polissonografia que são numerados de 1 a 4 com base no número de dados colhidos durante o teste. A polissonografia tipo 4 pode ser realizada em casa sob indicação e acompanhamento de um fisioterapeuta, sem a necessidade de aparelhos de uso desconfortável e apenas com a utilização de um aparelho em um dos dedos similar a um oxímetro de pulso.
Com esse oxímetro são cauculados com base em algorítimos específicos que calculam a incidência de eventos de apnéia por meio da redução da saturação periférica durante o sono.
Mesmo a aplicação da polissonografia de tipo 4, a mais básica, resulta em dados de extrema importância clínica para descartar ou confirmar o diagnóstico funcional de um distúrbio do sono.
A depender do grau de apneia e da aceitação do paciente, é indicado um acompanhamento nutricional e prática de exercícios físico com o objetivo de perder peso caso o paciente seja obeso ou então a utilização de aparelhos como o CPAP (Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas) durante o sono para reduzir esse problema.
A prescrição e acompanhamento na fase de adaptação ao CPAP é realizada por um fisioterapeuta e o paciente sente melhora na qualidade de sono de forma imediata na maioria dos casos.